Hipermetropia
O que é Hipermetropia ?
A Hipermetropia é um erro de refração que faz com que a imagem seja focada atrás da Retina. Dessa forma, a capacidade refratária é alterada em relação aos olhos com visão normal. A hipermetropia causa dificuldade para enxergar objetos próximos e principalmente para leitura de textos. A hipermetropia também pode estar associada ao aparecimento de estrabismo acomodativo na infância, com o surgimento de sintomas ao redor dos 2 anos de idade.
Sintomas de hipermetropia: O principal sintoma da hipermetropia é a visão embaçada mais para perto, mas também podem existir queixas de dores de cabeça ou cansaço ocular, sensação de peso ao redor dos olhos, ardor, vermelhidão conjuntival e lacrimejamento ocular.
Nossos olhos e cérebro, na tentativa de enxergar melhor, vão trabalhar para a imagem ficar mais focada possível - esse esforço é conhecido como "capacidade de acomodação". Acontece quando o cristalino se reacomoda em nossos olhos na tentativa de focar melhor os objetos, compensando a hipermetropia, por exemplo. "Em pessoas jovens, com boa capacidade de acomodação e graus moderados de hipermetropia, ela pode inclusive passar despercebida justamente porque a própria acomodação corrige o erro refracional".
No entanto, como com o passar da idade essa capacidade de acomodação do cristalino vai se perdendo - consequentemente a hipermetropia vai se agravando.
Tratamento de hipermetropia: A hipermetropia pode ser corrigida com o uso de óculos, Lentes de Contato ou Cirurgia Refrativa se houver indicação de um oftalmologista especialista em córnea.
Você sabe como o olho funciona?
O olho é formado por diversas estruturas, responsáveis por captar a luz e as imagens e enviá-las para nosso cérebro. Veja abaixo:
. Esclera: é a parte branca dos olhos e tem a função de proteger a parte da frente do globo ocular
• Íris: parte colorida dos olhos, é um tecido muscular que controla a abertura e fechamento da pupila
• Córnea: é um tecido transparente que cobre a íris e a pupila. Sua curvatura ajusta o foco da visão
• Pupila: Parte escura do olho, ela se abre e fecha para entrada da luz e captação das imagens. Quando está muito escuro, ela se abre de modo a captar melhor as imagens através da pouca luz
• Cristalino: é mais uma lente que fica localizada atrás da pupila. Ele pode ser comprido pelos músculos ciliares, ajustando o foco das imagens ao mudar o ângulo da luz
• Músculo ciliar: estrutura responsável por mudar o foco do cristalino
• Conjuntiva: membrana que reveste o globo ocular, ficando entre as pálpebras e o olho e também na parte de trás dele
• Humor vítreo: líquido que ocupa o espaço entre o cristalino e a retina
• Veias retinais: veias responsáveis por alimentar a retina com nutrientes que ela necessita
• Mácula: ponto central da retina, que distingue os detalhes no campo visual
• Nervo óptico: estrutura que conecta à retina com o sistema nervoso, levando as informações das imagens vistas até o cérebro
• Retina: Recebe a luz e decodifica as imagens captadas, convertendo-as em impulsos nervosos.
Qual a diferença entre hipermetropia e miopia?
A miopia é uma condição comum em que a pessoa vê objetos próximos com clareza, mas objetos mais distantes são borrados. Já a hipermetropia é uma condição contrária, na qual a pessoa enxerga objetos distantes com clareza, mas tem dificuldades em enxergar de perto.
Como é causada a hipermetropia?
O globo ocular funciona da mesma forma que uma caixa escura: a luz entra pela pupila e forma a imagem na retina. O formato do olho e da córnea é perfeito para que a imagem se forme no local certo (a mácula), e então a informação é enviada ao cérebro pelo nervo óptico.
Quando você tem hipermetropia, o globo ocular é um pouco mais achatado ou a córnea mais plana, com isso a imagem acaba se formando depois da retina, ou seja, a imagem que a retina capta não está correta.
Existem dois tipos de hipermetropia:
• Axial: Em que o globo ocular tem um espaço mais curto entre a pupila e a retina, e por isso a imagem se forma depois da retina
• Refrativa: Nesse caso o globo ocular tem o formato normal, mas o fato de a córnea ser mais plana faz com que a imagem não se forme no local adequado.
Pessoas com hipermetropia mais grave podem apresentar:
• Embaçamento da visão tanto para longe quanto para perto
• Dores de cabeça
• Dores na região dos olhos
• Ardor
• Náuseas
Especialistas que podem diagnosticar a hipermetropia são:
• Oftalmologista.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
• Quando você começou a ter esses sintomas?
• Quão severos são seus sintomas?
• A sua visão melhora quando você move objetos para mais perto ou longe de você?
• Outras pessoas em sua família usam óculos? Você lembra com que idade eles começaram a precisar de óculos?
• Você tem outros problemas de saúde, como diabetes?
• Você começou a tomar algum tipo de medicação, suplemento ou fitoterápico?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante.
• Vou precisar usar lentes corretivas?
• Quais as vantagens dos óculos? E das lentes de contato?
• Com que frequência devo ter meus olhos examinados a partir de agora?
• Cirurgias refrativas são uma alternativa para mim?
• Que tipo de efeito colateral pode ocorrer após a cirurgia dos olhos?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
O diagnóstico é feito por meio de um exame padrão feito no oftalmologista, chamado de exame de refração. Além disso, o oftalmologista pode pedir exames complementares , como:
• Mapeamento de retina, para avaliação do fundo do olho
• Tonometria, para medir a pressão ocular.
Hipermetropia + astigmatismo
O astigmatismo é uma alteração em que a imagem do olho se forma de modo irregular e pode ocorrer ao mesmo tempo que a hipermetropia. Nesses casos há uma piora dos sintomas e pode ser necessário uma avaliação melhor antes da cirurgia refrativa.
A hipermetropia pode ser tratada com o uso de lentes refrativas (óculos e lentes de contato) ou com a cirurgia refrativa.
Cirurgia refrativa
Este tratamento corrige hipermetropia por remodelar a curvatura da sua córnea. Mas nem sempre ela garante a independência das lentes refrativas. Métodos de cirurgia refrativa incluem:
• Cirurgia LASIK
• Cirurgia LASEK
• Cirurgia PRK
• Implante de lente intra-ocular.
Obs. Todas as cirurgias têm algum grau de risco. Possíveis complicações desses procedimentos oculares incluem infecção, cicatrizes na córnea, visão turva, perda de visão e aberrações visuais, como ver círculos ao redor das luzes à noite. Discuta os riscos potenciais com o médico.
A hipermetropia é uma condição anatômica, e a cirurgia refrativa nem sempre vai livrar a pessoa de usar óculos ou lente de contato. Mas é possível conviver bem com a hipermetropia e até estabilizar o quadro com o tratamento adequado. A tendência é que o grau se estabilize com 22 a 23 anos, quando a anatomia do corpo deixa de mudar. Contudo, com o passar da idade, a capacidade de acomodação do cristalino pode reduzir, e isso pode aumentar o grau de quem se beneficiava com a contração do cristalino para mudança da curvatura da córnea.
Complicações possíveis
A hipermetropia pode se relacionar ao surgimento de estrabismo (quando um dos olhos se desvia do sentido normal), normalmente para dentro - o desvio do olho para fora ocorre mais nos casos de miopia.
Se uma criança apresenta essa complicação e não for tratada cedo com o uso de tampão, isso pode levar à diminuição da visão do olho torto, evoluindo para um quadro chamado de ambliopia.
Procure em oftalmologista periodicamente.
Tratamento natural: Um dos exercícios para o tratamento de Hipermetropia é o ALONGAMENTO dos músculos dos olhos.
"Olhando para frente, coloque os dedos em uma distancia de 60 cm, um de cada lado dos olhos e olhe para a ponta do dedo sem mexer a cabeça, somente com os olhos e pisca 5X , depois olhe para o outro dedo e faça a mesma coisa, repetir por 5 X".
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